A escultura equestre do imperador Marco Aurélio é a única desse tipo, original romana, que sobreviveu até os dias de hoje. Acredita-se que ela tenha se salvado porque foi confundida (ainda na Antiguidade) com a imagem de Constantino, primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo, sendo chamada de “Caballus Constantini“. Vale lembrar do valor que as esculturas em bronze tinham na Idade Média. Elas eram fundidas para o material ser usado em outras obras ou vendido.
A escultura deve ter sido inaugurada em 180 d.C., depois da morte de Marco Aurélio. Não foram encontradas fontes que expliquem sobre onde ela foi colocada originalmente ou a data de execução. Sabe-se que ela foi realizada juntamente com outros monumentos em homenagem a vitória do imperador sobre os germânicos.
É uma escultura em bronze dourado, isso quer dizer, que o acabamento final foi feito com lâmina de ouro. Ainda é possível ver alguns resquícios do ouro na peça. Segundo uma fonte medieval, originalmente, aos pés do cavalo tinha um bárbaro ajoelhado em sinal de submissão. A mão direita do imperador está levantada em sinal de pacificação. Marco Aurélio está vestindo a toga e não armadura, ou seja, representa uma época de paz e não de guerra.
Em janeiro de 1538, o Papa Paulo III ordenou que escultura fosse transferida para a colina Capitolina. Um ano depois, Michelangelo Buonarroti, seguindo o seu projeto da praça do Campidoglio, posicionou a escultura equestre no centro.
Hoje a escultura que está no centro da praça é uma cópia. A original está dentro dos Museus Capitolinos, onde foi colocada depois de ter sido restaurada entre 1981 e 1988.